Os marketeiros tentam aumentar o valor de uma marca mas tudo se resume no dinheiro necessário para adquiri-la.
Hoje o mundo e a sociedade estão passando por mudanças em uma velocidade nunca antes imaginadas. Meu pai dizia que meu avô, o já falecido Gervásio Canuto de Souza, profetizava que "faz dó morrer novo porque o mundo irá viver uma transformação que ninguém pode imaginar". Será que naquele tempo ele poderia imaginar twitter, orkut, internet, youtube, TV 3D, GPS, notebook, google, celular, mp3, videogame, trânsito, ipad. Independente do produto ou da novidade, uma coisa que nunca mudou foi a utilização de dinheiro nas transações.
Agências de publicidade e propaganda possuem equipes excelentes e preparadas que passam dias e noites pensando na melhor forma de expor, cativar a atenção do cliente e agregar valor a um produto ou uma marca. No fim do processo, tudo se resume em dinheiro. O valor do produto está no custo e no esforço para adquiri-lo e quando o dinheiro fica fácil aquele produto perde valor. Vamos pegar dois exemplos, uma bolsa do Victor Hugo e um carro zero. Com a popularização de cartões de crédito, ficou fácil para uma mulher comprar uma bolsa, basta parcelar em "suaves" prestações. Com a facilidade de crédito, adquirir um carro já se tornou singular para a sociedade, "qualquer" pessoa pode comprar um carro novo com financiamentos a perder de vista.
O que nós queremos propor é criar moedas "paralelas" de compra, ou seja, o consumidor para adquirir certo produto tem que ter algo há mais além do dinheiro. Como? Vamos listar algumas idéias.
Compra de um tênis. Porque não pegamos um modelo de tênis e criamos uma série especial com uma faixa amarela no calcanhar e as letras A42 bem visíveis. Para adquiri-lo, a pessoa, quero dizer, o corredor terá que desembolsar x reais e ter completado uma maratona em menos de 2 horas e 30 minutos. Pronto, criamos uma moeda paralela, além do dinheiro precisamos ter dedicação, perseverança, uma boa alimentação e muito treino para poder comprar este tênis. Meu pai ganha 5x mais do que eu, ele pode ter qualquer tênis menos o A42 pois ele ainda não conseguiu diminuir seu tempo para ter o direito de comprar tal tênis. Ja pensou você na fila do cinema, comprando um ingresso e na sua frente tem uma pessoa usando um A42. Como eu sou falador já vou logo perguntando "Que maratona você fez?".
Compra de um relógio. Uma empresa de turismo junto com uma fabricante de relógio poderiam fazer um relógio especial que simbolize a cidade de Machu Picchio no Peru. Só teriam o direito de comprar os que forem para tal cidade. Já pensou se esta idéia pega. Teríamos relógios especiais da Amazônia, França, Austrália, África, Egito, Caribe.
Compra de um carro. Jogos são um dos entretenimentos mais procurados por todo mundo, porque não pegar o modelo de um carro e criar uma série especial baseado em um jogo, com estofamento das portas em detalhes metálicos, volante em metal fosco, o cambio em detalhes de madeira, o painel na frente com detalhes vermelhos e amarelhos simbolizando fogo e chamas e as rodas seguindo o mesmo estilo. Este modelo poderia ser vendido pelo mesmo preço que o modelo comum, entretanto, somente os que chegaram ao nível y dentro de um jogo, teem o direito de comprar o carro com esta configuração.
Idéias e sugestões são muitas, quem tiver alguma, fique a vontade. Fazemos parte de uma rede de idéias e pessoas, por isso, vamos compartilhar nossos pensamentos.